Dizem que minha geração é alienada. Não concordo! Acho que, simplesmente, não sabemos bem quem combater. Os tempos de ditadura foram dicotômicos, de clara disputa entre o bem e o mal. Já hoje em dia, os lobos se escondem em peles de cordeiros. Exibem sorrisos cínicos, enquanto nos apunhalam pelas costas e nos roubam os trocados do bolso.
Policiais, treinados para estabelecer a ordem na sociedade, assassinam crianças. Forjam concursos públicos. Entregam jovens para serem mortos na mão de traficantes.
Ministro, eleito presidente do órgão máximo da Justiça brasileira - STF (Superior Tribunal Federal) -, abre a porteira e deixa bandido banqueiro sair da prisão pela porta da frente, sem mais precisar esconder o par de algemas sob o paletó.
Nessa inversão de papéis e de valores, minha geração, e também as antecessoras e sucessoras, se perdem, se confundem, se enganam. Aí, o povo desiste de lutar e segue apático, pensando nas contas para pagar e na vida para levar.
É difícil reconhecer o inimigo, mas não impossível. Lendo jornais, revistas e sites de notícias, podemos entender um pouco o que acontece nas batalhas. Entre tantos tiros equivocados e habeas corpus vergonhosos, nossas melhores armas são a informação e o voto.
Arme-se: Caso esteja por fora das atrocidades cometidas pela polícia nos últimos dias, leia estas matérias: link1, link2, link 3.
Não está familiarizado com os nomes Gilmar Mendes, Daniel Dantas, Naji Nahas? Ainda é tempo de conhecê-los: cobertura da Operação Satiagraha.
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